segunda-feira, 4 de abril de 2016

PUBERDADE

A puberdade é um período em que ocorrem mudanças biológicas e fisiológicas. É neste período que o corpo desenvolve-se física e mentalmente tornando-se maduro e o adolescente fica capacitado para gerar filhos. Ela não deve ser confundida como sinônimo da adolescência visto que a puberdade faz parte da adolescência.
Nesta fase, são observadas mudanças tais como: crescimento de pelos, crescimento dos testículos e aparecimento dos seios, aumento do quadril nas meninas e tórax nos rapazes.
O marco principal da puberdade para os homens é a primeira ejaculação, que ocorre em média aos 13 anos. Para as mulheres, é o início da menstruação, que ocorre em média entre 12 e 13 anos. No século XXI, a idade média em que as crianças atingem a puberdade é menor em comparação com o século XIX, quando tinha 15 anos para meninas e 16 para meninos. Este é, possivelmente, devido aos produtos químicos em alimentos ou uma melhor nutrição.
Os hormônios sexuais se diferem para os homens e as mulheres, mas não são totalmente exclusivos de cada sexo. Nos homens, os testículos secretam entre outros hormônios a testosterona e nas mulheres o ovário fabrica o estrógeno.
As gônodas e as suprarrenais de ambos os sexos produzem o estrógeno e testosterona, mas é variável a quantidade. As características biológicas são universais e ocorrem de forma semelhante em todos os seres humanos.
A puberdade também mexe com o emocional dos adolescentes e também em seu comportamento, principalmente em seu desejo sexual. Tanto no menino quanto na menina, não proporciona apenas mudanças físicas mas, sobretudo, psicológicas. As alterações hormonais despertam a sensibilidade sexual e, consequentemente, é neste período que muitos adolescentes começam esporadicamente a ter relações sexuais.

TENSÃO PRÉ-MENSTRUAL

A TPM ou Síndrome pré-menstrual é o período cíclico que precede a menstruação. Nesse intervalo de tempo, podem aparecer sintomas psíquicos e físicos, que geralmente desaparecem no primeiro dia do fluxo menstrual. Em algumas mulheres, a TPM é interrompida somente com o fim do fluxo.
A principal causa da TPM é a alteração hormonal feminina durante o período menstrual, que interfere no sistema nervoso central. Parece haver uma conexão entre os hormônios sexuais femininos, as endorfinas (substâncias naturais ligadas à sensação de prazer) e os neurotransmissores, tais como a serotonina. É importante ressaltar que essa síndrome acompanha a menstruação normal da mulher.
A TPM atrapalha a vida pessoal e profissional de diversas mulheres por todo o mundo todos os meses e essa tensão é gerada por alterações hormonais que antecedem a menstruação. Em geral, os sinais da TPM aparecem na metade do ciclo menstrual e desaparecem em até dois dias após o início da menstruação.
O diagnóstico da tensão pré-menstrual costuma ser demorado, principalmente pela falta de exames que comprovem a sua existência. As mulheres que tem sintomas mais severos passam em diversos médicos e demoram anos para serem diagnosticadas com a combinação de sintomas que condizem com a fase do ciclo menstrual exata para serem diagnosticadas com TPM. Outra questão é que a maioria das mulheres que têm sintomas intensos de tensão pré-menstrual não procura ajuda médica por acreditarem que são normais ou por acreditarem que o médico não dará importância para a sua queixa.
Apesar de não ter diagnóstico e tratamento exatos, a TPM pode ser caracterizada por um quadro de sintomas que podem ser amenizados por meio do tratamento correto. Se você passa por esse sofrimento todos os meses não espere pela sua próxima menstruação, procure o quanto antes um ginecologista, explique seu problema e inicie o melhor tratamento para o seu caso, TPM tem tratamento!

 

sábado, 6 de fevereiro de 2016

MULHER E ALCOOLISMO

MULHER E ALCOOLISMO
A mulher apresenta uma suscetibilidade maior ao álcool do que os homens e também está mais propensa a desenvolver doenças causadas pelo alcoolismo. O consumo abusivo de álcool é definido como a injeta de álcool de quatro doses ou mais para as mulheres e de cinco ou mais para homens, em uma mesma ocasião. As mulheres que ingerem um drinque por dia apresentam menor probabilidade de morte por doença cardiovascular. No entanto com o aumento da ingestão da quantidade de drinques dia aumenta o risco de Hipertensão arterial, derrame cerebral hemorrágico , miocardiopatiasa, osteoporose, câncer de mama, cirrose hepática.
A prevalência de depressão em mulheres que abusam de álcool é de 30 a 40 % e distúrbios como anorexia e bulimia estão presentes em 15% a 32% das que abusam de álcool.Mulheres que abusam de álcool tentam o suicídio quatro vezes mais frequentemente do que as abstêmias. Após o consumo de álcool, eleva-se a tendência a comportamentos violentos e impulsivos, os quais podem determinar os óbitos por causas violentas. Entre as causas externas de mortes, alcoolismo crônico está bastante relacionado com suicídios. Os alcoólatras em geral têm 60 a 120 vezes mais probabilidade de atentarem contra a própria vida do que a população abstêmia.
A ingestão de álcool durante a gravidez pode provocar distúrbios fetais que vão do retardo de desenvolvimento à chamada síndrome alcoólica fetal, caracterizada por anormalidades físicas comportamentais e cognitivas. Consumo de álcool durante a gravidez é considerado a principal causa evitável dessas anormalidades na infância
No Brasil, desde 2006, o Ministério da Saúde pesquisa, anualmente, segundo a pesquisa denominada VIGITEL4 que é realizada por Inquérito Telefônico, com pessoas com mais de 18 anos, nas Capitais Estaduais e no Distrito Federal. Em 2009, as cidades onde as mulheres apresentam maiores porcentagens de consumo abusivo de álcool foram Salvador (17,1%) e Distrito Federal (16,5%) e as menores ocorreram em Rio Branco (6,2%), Manaus (6,3%), São Paulo (6,3%) e Curitiba (6,6%).
Um estudo epidemiológico sobre o uso de álcool foi realizado em 107 cidades brasileiras com mais de 200.000 habitantes, sendo entrevistadas 8.579 pessoas. Nesse trabalho observou-se que um número elevado de mulheres faz uso de bebidas alcoólicas ao longo da vida, sendo 44,7% delas com idades entre 12 a 17 anos; 68,2% naquelas com idades entre 18 a 24 anos; 67,9% de mulheres na faixa etária de 25 a 34 anos e 59,5% entre aquelas com 35 anos ou mais.
O número de mulheres acóolotras aumentou 30% nesses últimos anos muitas delas procurando alívio para problemas pessoais.A vida da mulher contemporânea em que existe excesso de trabalho e acúmulo de funções e a constante busca para atingir e manter a estabilidade psicossocial exigida deve ser combatida com melhora dos hábitos de vida, como alimentação adequada ,qualidade do sono, exercícios físicos, lazer , ingestão de água e alguns casos requerem terapias e medicamentos, mas com certeza o álcool não é única alternativa.
A idade média entre as vítimas foi de 39,8 anos, não havendo diferenças entre os sexos, ocorrendo aos 39,5 anos para as mulheres e 39,9 anos para os homens. Observou-se que, dependendo do sexo, há diferenças entre os diversos métodos empregados para finalizar a vida. As causas de suicídio entre as mulheres foram: intoxicação (28,2%), enforcamento (23,5%) e queda (18,8%). Já entre os homens foram: enforcamento (34,3%), ferimento por arma de fogo (14,9%) e intoxicação (12,6%)14.
Sabe-se que a violência doméstica praticada contra a mulher, em muitas situações, é desencadeada após o consumo de álcool. No trabalho realizado com mulheres alcoolistas do GAF de Botucatu, 68,9% declararam-se abstinentes na época da entrevista, 76,5% relataram história positiva de alcoolismo familiar e 42,0% sofreram algum tipo de acidente quando alcoolizadas. Antes de participarem do grupo, a violência familiar esteve presente em 85,7% dos casos, sendo o cônjuge o principal agressor.
No México, em pesquisa realizada com alunas de um curso de Enfermagem, 57,5% das entrevistadas e 67,1% dos parceiros relataram consumo de álcool, especialmente em reuniões sociais. Entre elas, 91,9% negaram ter sofrido violência física por seus parceiros e 41,1% não conhecem seus direitos em relação à violência doméstica17. Possivelmente, a explicação para esses resultados é a realização da pesquisa em meio universitário, na qual espera-se menor ocorrência de violência doméstica, devido ao nível cultural dos participantes. Chama-se a atenção, no entanto, o número de pessoas pertencentes a um meio social diferenciado, que desconhecem seus direitos no caso da ocorrência de violência em seus lares. Esses dados estão em concordância com os autores, os quais afirmam: “são necessárias ações de conscientização das mulheres sobre seus direitos e possibilidades de ajuda legal em casos de violência”17.
Em vista disso, há necessidade de serviços públicos que cuidem do alcoolista, especialmente da mulher alcoolista. Quando se discute sobre o alcoolismo feminino, alguns aspectos culturais são considerados, tais como a realidade do padrão de menor ingesta de álcool entre as mulheres, quando comparada aos padrões masculinos e, por outro lado, a intensa marginalização que essas mulheres sofrem, tanto na família, quanto na sociedade e nos serviços de saúde16O alcoolismo feminino, no entanto, possui caminhos próprios para seu desenvolvimento, sendo importante considerar a urgência do seu reconhecimento e formas diferenciadas de atenção à mulher, já que a estigmatização e o preconceito social são duplos: por ser tanto mulher, como alcoolista.


sábado, 9 de janeiro de 2016

CLIMATÉRIO

Climatério é a fase da vida da mulher na qual ocorre a transição do período reprodutivo para o não reprodutivo. É nesse período que ocorre a menopausa (última menstruação), ao redor dos 50 anos de idade, e seu diagnóstico é clínico e retrospectivo ou seja, somente após decorridos 12 meses sem a ocorrência de menstrução. A menopausa pode ser precoce antes dos 40 anos e tardia depois dos 55 anos. Nos referimos como período pré e pós-menopáusico do climatério o espaço de tempo imediatamente anterior e posterior ao momento da última menstruação, com duração variável de 12 a 24 meses, o qual chamamos de perimenopausa.

O climatério ou síndrome climatérica é uma associação de sintomas que se manifestam neste período identificando este estado como uma verdadeira endocrinopatia, com alterações morfológicas (atrofia mamária, urinária e genital); alterações funcionais (distúrbios menstruais: aumento, diminuição ou ausência do fluxo; sintomas vasomotores ( calorões ou fogachos ); alterações hormonais (diminuição da libido) e, por fim, alterações nos tecidos-alvo (secura vaginal, envelhecimento).

Os sintomas vasomotores afetam até 75% das mulheres na perimenopausa. Na maioria delas, os sintomas persistem de um a dois anos após esse período, mas podem continuar por 10 anos ou mais em outras.

As consequências da carência estrogênica podem causar danos de maior monta e severidade como doenças cardiovasculares, cerebrovasculares e osteoporose e também alterações de humor, depressão, memória e aprendizado , podendo acarretar depressão e até quadros de parkinsonismo e demência senil do tipo Alzheimer.

O risco para a maioria das modalidades de câncer aumenta com a idade. Recomenda-se que a mulher realize exames de prevenção para o câncer de mama, da vulva, vagina, da cérvice uterina, do endométrio, dos ovários, do cólon e dos pulmões. A mama é a sede mais frequente de câncer na mulher. A incidência tem aumentado durante as últimas duas décadas, sendo que as taxas de mortalidade têm-se mantido constantes. Existe uma grande discussão sobre a incidência deste tipo de câncer com uso de terapia de reposição hormonal. Estudos mostram muitas

divergências mas a maioria deles revela um pequeno aumento na incidência de câncer de mama mas relacionada ao tempo de uso, a quantidade e qualidade de hormônio ingerida.

A terapia é indicada para alívio de sintomas vasomotores associados com a peri e pós menopausa, tratamento da atrofia urogenital e prevenção e tratamento da osteoporose. Não existe tratamento de reposição hormonal que possa ser considerado definitivo e aplicável a todas as mulheres no climatério, cada tipo de tratamento possui vantagens e desvantagens. Os fitoestrogênios (isoflavonas), muito divulgados pela mídia, não possuem consenso científico de que possam tratar eficazmente os sintomas climatérios ou prevenir as consequências da menopausa a longo prazo, bem como dados de segurança. Estudos não controlados mostram melhora dos sintomas vasomotores com acupuntura, exercício e controle respiratório.

Aos 50 anos as mulheres apresentam uma tendência natural ao aumento de peso. As necessidades energéticas em repouso diminuem cerca de 2% a cada década. Este aumento de peso se deve à diminuição do metabolismo e da atividade física e não à terapia de reposição hormonal.

Como vemos, há muito que revermos sobre o Climatério principalmente responder uma grande questão: usar ou não reposição hormonal? Os tratamentos oferecidos são baseados em estudos científicos que nos dão a orientação necessária para que cada mulher possa escolher o que é mais adequado conforme suas necessidades e juízo. O importante é que a mulher, na fase do climatério, pode ficar muito bem, retardando o envelhecimento, mantendo uma vida sexual ativa e seu ritmo de trabalho devido as várias alternativas de tratamentos.


MIOMA UTERINO

O leiomioma (mioma) do útero é a neoplasia benigna mais frequente do aparelho reprodutor feminino na menacme (período reprodutivo) sendo diagnosticado em 70 a 80% dos casos de tumores uterinos. Origina-se da musculatura lisa do útero surgindo após a menarca (primeira menstruação), pode aumentar durante a gestação, e tende a regredir parcialmente após a menopausa (última menstruação). Apresenta predisposição familiar e tem maior prevalência nas mulheres de raça negra e em nulíparas (mulheres sem filhos ). Apresenta comportamento biológico heterogêneo, e possui baixo risco de evolução para o leiomiossarcoma (tumor uterino maligno) de 0,29% a 1% dos casos de miomas.
A incidência de miomas na população em geral varia entre 20-40% das mulheres acima de 35 anos de idade, sendo uma das causas mais frequentes de histerectomias (cirurgia de retirada do útero) em todo o mundo. O estrogênio e a progesterona (hormônios sexuais femininos) atuam em combinação estimulando a proliferação e o crescimento dos miomas.
As pacientes portadoras de leiomiomas, em 60% dos casos, podem tornar-se sintomáticas, apresentando sangramentos por longos períodos (menorragia) tendo como principal consequência a anemia ou dor pélvica por compressão de órgãos como reto (intestino) e bexiga, causando constipação e incontinência urinária, sendo que sua gravidade é dependente do número, do tamanho e da localização dos nódulos. Outras queixas comuns são dor abdominal, infertilidade, perda gestacional e complicações na gravidez.
O diagnóstico dos miomas uterinos pode ser feito simplesmente através de um exame ginecológico criterioso e de uma ultrassonografia(USG) transvaginal ou pélvica (transabdominal) No exame ginecológico geralmente encontramos um útero aumentado de volume, de consistência mais endurecida que de habitual e, por vezes, com a superfície irregular, por conta dos miomas subserosos. Pequenos miomas intramurais e submucosos não são palpáveis neste exame. A ultrassonografia(USG) é um dos exames mais populares e com o recente desenvolvimento tecnológico dos
equipamentos ultrassonográficos, sobretudo a introdução dos transdutores endovaginais de alta frequência e sua variada aplicabilidade clínica, faz da ultrassonografia transvaginal um grande avanço no diagnóstico das doenças ginecológicas. Trata-se de um exame com ótima sensibilidade e especificidade (99% e 91%, respectivamente) no mapeamento e mensuração dos leiomiomas. Também é de fácil realização, rápido e baixo custo – benefício bom e pequeno desconforto adicional para a paciente (em relação ao transabdominal) o que não altera sua aceitação. Estudos comparativos relatam sua superioridade em relação ao transabdominal, principalmente na visualização de anexos, tumores pélvicos e outras doenças pélvicas sem diagnóstico esclarecido. Alguns autores sugerem seu uso como primeira escolha na investigação do sangramento uterino anormal de mulheres em idade reprodutiva. A USG Transvaginal com Doppler colorido pode ser extremamente útil para confirmar a presença, localização e extensão dos leiomiomas , sendo fundamental para definir o tratamento.
A ressonância nuclear magnética (RNM) apesar do custo mais elevado, estudo recente demonstra maior capacidade em mapear miomas uterinos que o USG endovaginal, apesar da boa sensibilidade, seu uso é limitado pelo alto custo, disponibilidade e ausência de maior ganho diagnóstico da técnica em relação ao USG endovaginal, por exemplo.
Atualmente, existe uma variedade de opções terapêuticas para o seu manejo dos miomas tratamentos clínicos hormonais e não hormonais ,minimamente invasivos como a embolização de artérias uterinas e cirúrgicos como histerectomia via vaginal, laparoscópica , adbominal e outras técnicas mistas. Contudo, não há nenhum dispositivo que identifique precocemente o sucesso ou fracasso do tratamento.
Apesar de todo o conhecimento adquirido sobre essa doença cabe ao ginecologista realizar um tratamento individualizado para cada paciente , através de um bom esclarecimento das opções disponíveis , levando em consideração as particularidades do caso e expectativa da paciente, deixando claro os riscos cirúrgicos ou caráter não definitivo de cura com o tratamento clínico.

MASTALGIA (DOR NAS MAMAS)

Mastalgia ou dor mamária é um dos sintomas mais comuns em mulheres, tendo uma prevalência de 41 a 69% e pode se apresentar como um leve desconforto até dor severa.

É classificada em mastalgia cíclica, acíclica ou extramamária. Consideramos cíclica quando se apresenta no período pré-menstrual; acíclica quando não há relação com o ciclo e a extramamária é a dor referida na mama, porém usualmente é de origem musculoesquelética.

A dor mamária considerada normal é geralmente acompanhada de ingurgitamento mamário e leve desconforto pré-menstrual com duração de um a quatro dias. A dor mamária cíclica anormal geralmente é moderada a severa, com duração de 5 a 14 dias ou mais por mês, freqüentemente bilateral, acomete principalmente os quadrantes superiores laterais das mamas e pode ter irradiação para o braço, apresenta-se na terceira e quarta décadas de vida. Geralmente está associada a espessamento mamário, constituindo as Alterações Funcionais Benignas da Mama (AFBM), que representam simplesmente a resposta funcional efetora do tecido mamário à hormonologia cíclica do menacme(período reprodutivo da mulher), porém a causa da mastalgia cíclica é desconhecida.

A dor acíclica é menos comum , se responsabiliza por aproximadamente 31% dos casos de dor mamária. Tende a ser unilateral, referida como dor em queimação , localizada em um dos quadrantes mamários; entretanto, dor difusa e com irradiação para a axila pode ocorrer. A maioria das mulheres refere o início dos sintomas na quarta e quinta décadas de vida, porém muitas iniciam após a menopausa. Pode ser decorrente de afecções mamárias específicas como processos inflamatórios e mastites, traumas, cicatrizes. A maioria dos casos surge por razões desconhecidas, mas acredita-se que as causas são mais anatômicas do que hormonais.

Extramamária é a dor que localizada na mama, mas que não pertence a esta. Várias condições extramamárias podem se apresentar como dor na mama. O diagnóstico diferencial é extenso e envolve dor anginosa, infarto, pleurite, fatores psicológicos, mas a maioria das vezes está relacionada a alterações musculoesqueléticas. Envolve mialgias, lesões musculares, neuralgias, dores ósseas e articulares como a Síndrome de Tietze.

Exames complementares utilizados normalmente são a mamografia e a ecografia. Mulheres jovens com mastalgia cíclica não exigem mamografia na ausência de dor focal, achados suspeitos ou fatores de risco. Ela deve ser considerada em mulheres com mastalgia focal que estão entre 30 a 35 anos ou mais, têm história familiar de câncer de mama ou outros fatores de risco. A
ultrassonografia deve ser solicitada em mulheres com dor focal em qualquer idade.

O tratamento pode ser realizado com fitoterápico Agnus castus que apresenta boa tolerância e eficácia para o controle da mastalgia cíclica. Bromocriptina e Danazol promove melhora significativa da dor mamária. Tamoxifeno é eficaz para mastalgia cíclica e acíclica, com poucos efeitos colaterais. Evidências atuais não demonstraram benefício do ácido gamalinoleico (AGL) e vitamina E. E está ainda em discussão se há melhora da dor com uso de anti-inflamatórios .

A principal preocupação da mulher com mastalgia é o medo do câncer de mama, porém o risco de câncer subclínico, após exame físico e mamográfico normais, é estimado em apenas 0,5%. Após uma boa avaliação médica juntamente com exames complementares de imagem é o necessário para nos tranqüilizarmos e melhorarmos nossa qualidade vida.
 

MENOPAUSA PRECOCE

Levando-se em consideração que as mulheres estão iniciando a vida reprodutiva cada vez mais tarde, a avaliação da sua capacidade de gestar torna-se um desafio freqüente para o ginecologista, não apenas no aconselhamento dessas pacientes, mas também no manejo de problemas como a infertilidade e a insuficiência ovariana prematura.


A Falência Ovariana Precoce (FOP), foi descrita por Moraes-Ruehsen e Jones, em 1967, é caracterizada pela interrupção da função ovariana depois da menarca e antes dos 40 anos de idade, caracterizando-se por níveis elevados das gonadotrofinas hipofisárias e níveis baixos de estradiol, podendo coexistir ou não a depleção folicular.( em termos mais práticos é um estado de Menopausa Precoce).

É conhecido que o feto atingirá em torno de 3,5 milhões de células germinativas,em cada ovário, ao redor da 20ª semana de gravidez. Conforme estudos de Hsueh et al., ainda durante a vida fetal, parte dessas células iniciam e sofrem processo de apoptose,e sua quantidade à época do nascimento estará reduzida a torno de 1.000.000 em cada ovário. Na sequência de vida, há um processo de recrutamento e seleção constante que passa a suceder nos ovários em relação aos oócitos,através de um processo continuo de atresia desses folículos ovarianos,e não mais de 400 a 500 oócitos serão liberados durante toda a vida reprodutiva da mulher.


Os possíveis fatores causais da FOP variam desde fatores imunológicos,como doenças autoimunes (,hipotieroidismo e diabetes melitos tipo I), fatores tóxicos-ambientais ,como drogas quimioterápicas ou procedimentos radioterápicos-cirúrgicos,até causas genéticas, sendo que, nestas, uma gama ampla de anormalidades genéticas poderão estar envolvidas.. Outros fatores associados como passado de cirurgia ovariana ( endometriose), história de tabagismo pesado e uso abusivo de produtos contendo galactose os .casos de FOP na família representam 10% dos casos. Além desses diversos fatores,restam as causas idiopáticas,cujos mecanismos desencadeadores não foram até hoje caracterizados,mas seguramente induzem a gênese dos fenômenos de apoptose nos oócitos.

Os sintomas mais comuns são a mudança no padrão menstrual podendo essa alteração se apresentar de inúmeras formas (oligomenorréia ( diminuição da quantidade de fluxo menstrual) , amenorréia ( ausência de menstrução por mais de 45 dias), sangramento uterino anormal ) .As vezes essas alterções podem ocorrer após a parada do uso da pilula ou gravidez.,na maioria das vezes os sintomas vasomotores ocorrem após os sintomas mensturais em especial quando há acentuada diminuição da redução da reserva ovariana.Pode ser observado vagina atrófica ( seca) e dispareunia ( dor durante a relação sexual) tronam-se presentes com a evolução da falência ovariana precoce. Mulheres jovens com irregularidade de menstrual por mais de três ciclos
mentruais sem uso de anticoncepção e história sugestiva devem ser avaliadas. Em 90 % dos casos a FOP ocorre espontãneamente.

Apesar de pouco freqüente , o diagnóstico para o casal , em especial para as mulheres, causa forte impacto psicossocial devido se apresentarem entre 30 e 40 anos e estarem dispostas a constituir uma família.O importante é que o diagnóstico não é definitivo e existe 5% a 10 % dos casos que chegam a conceber. O tratamento da infertilidade se dá através da reprodução assistida , concgelamento de o´citos para quem precisa realizar radioterapia, .....O tratamento deve ser realizado a Terapia Hormonal devido risco de osteoporose e doenças cardiovasculares. O importante é ficar atenta para as alterações mais comuns mentruais e dessa forma diagnosticar precocemente para haver uma melhor perspectiva de fertilidade.