Câncer de Mama
Rita de Cássia
Pozzati
O aumento na incidência do câncer de mama
é um fenômeno observado em escala mundial. Representa a segunda
neoplasia maligna mais freqüente e é responsável pelo maior número
de óbitos por câncer entre as mulheres no Brasil. As maiores
incidências estão localizadas nos países ocidentais, e as menores
na Ásia e nos países africanos. Aproximadamente 20% das mulheres
que desenvolvem câncer de mama apresentam história familiar para a
doença. Aproximadamente 50% dos cânceres de mama ocorrem em
mulheres entre 50 – 64 anos, e 30% ocorrem em mulheres acima dos 70
anos.
O risco de câncer está relacionado com a
duração da fase reprodutiva da mulher, devido a um aumento no tempo
de exposição ao estímulo estrogênico ,exemplificando, mulheres
que começam a menstruar antes dos 12 anos ou aquelas que entram na
menopausa em idade superior aos 55 anos apresentam risco aumentado.
Com uso da Terapia Hormonal na menopausa evidência-se um pequeno
aumento no risco relativo. A amamentação vem sendo estudada como
possível fator protetor, sem, entretanto, nenhuma comprovação
científica até o momento. A obesidade está relacionada a
risco aumentado para câncer de mama, principalmente na
pós-menopausa. A ingestão de álcool e o risco de desenvolver
câncer de mama, sendo esta relação dose-efeito, ou seja, quanto
maior o consumo, maior o risco.
O
câncer de mama em mulheres jovens é incomum, 2 a 5%, portanto
o diagnóstico necessita de um alto índice de suspeição clínica.
Trabalhos recentes demonstraram que as pacientes jovens apresentam um
pior prognóstico em consequência de uma doença mais avançada no
momento do diagnóstico ou em razão de divergências na biologia
tumoral. Sugere-se que o câncer de mama de início precoce esteja
relacionado a diferentes fatores etiológicos, aspectos
histopatológicos e desfecho clínico quando comparado ao câncer de
mama na pós-menopausa.
A mamografia ainda é a técnica mais utilizada
no que diz respeito à padronização dos cuidados relativos à
prevenção do câncer de mama. A mamografia digital fornece melhor
imagem, não mostrando expressiva diferença na taxa de detecção do
câncer de mama em relação à mamografia convencional. Recomenda-se
a mamografia de rotina, nas mulheres assintomáticas a partir de 40
anos, associada com autoexame mensal e exame clínico anual, embora
os benefícios destes últimos não estejam cientificamente
comprovados. Antes de 40 anos, a mamografia de rastreamento deve ser
realizada em mulheres com alto risco para câncer de mama (parente de
primeiro grau com câncer de mama na pré-menopausa, história
pregressa de hiperplasia atípica ou neoplasia lobular in situ),
pré-operatório para cirurgia plástica e pré-terapia de
reposição hormonal (TH). A ultra-sonografia é importante quando
utilizada adjunto à mamografia, principalmente no auxílio à
diferenciação entre massas sólidas e císticas e quando a
mamografia não mostra resultado satisfatório. A ressonância
magnética, apesar de apresentar taxa de especificidade variável na
detecção do câncer de mama (37 a 97%), possui mais acurácia do
que a mamografia e a ultra-sonografia em avaliar o tamanho e as
características morfológicas do tumor, bem como no diagnóstico de
lesões multifocais e multicêntricas.
Para combatermos o câncer de mama precisamos adotar
mudanças nos hábitos de vida . Uma dieta contendo maior consumo de
frutas, vegetais e fibras , preferir óleo de oliva para preparar
vegetais frescos ou temperar saladas, restringir o uso de bebidas
alcoólicas e realizar atividades físicas, idealmente na frequência
de três vezes por semana. É de fundamental importância realizar os
exames de rotina , consultar seu Ginecologista quando for detectado
alteração no auto-exame das mamas, pois o diagnóstico precoce,
aumenta as chances de cura .
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