sábado, 9 de janeiro de 2016

MENOPAUSA PRECOCE

Levando-se em consideração que as mulheres estão iniciando a vida reprodutiva cada vez mais tarde, a avaliação da sua capacidade de gestar torna-se um desafio freqüente para o ginecologista, não apenas no aconselhamento dessas pacientes, mas também no manejo de problemas como a infertilidade e a insuficiência ovariana prematura.


A Falência Ovariana Precoce (FOP), foi descrita por Moraes-Ruehsen e Jones, em 1967, é caracterizada pela interrupção da função ovariana depois da menarca e antes dos 40 anos de idade, caracterizando-se por níveis elevados das gonadotrofinas hipofisárias e níveis baixos de estradiol, podendo coexistir ou não a depleção folicular.( em termos mais práticos é um estado de Menopausa Precoce).

É conhecido que o feto atingirá em torno de 3,5 milhões de células germinativas,em cada ovário, ao redor da 20ª semana de gravidez. Conforme estudos de Hsueh et al., ainda durante a vida fetal, parte dessas células iniciam e sofrem processo de apoptose,e sua quantidade à época do nascimento estará reduzida a torno de 1.000.000 em cada ovário. Na sequência de vida, há um processo de recrutamento e seleção constante que passa a suceder nos ovários em relação aos oócitos,através de um processo continuo de atresia desses folículos ovarianos,e não mais de 400 a 500 oócitos serão liberados durante toda a vida reprodutiva da mulher.


Os possíveis fatores causais da FOP variam desde fatores imunológicos,como doenças autoimunes (,hipotieroidismo e diabetes melitos tipo I), fatores tóxicos-ambientais ,como drogas quimioterápicas ou procedimentos radioterápicos-cirúrgicos,até causas genéticas, sendo que, nestas, uma gama ampla de anormalidades genéticas poderão estar envolvidas.. Outros fatores associados como passado de cirurgia ovariana ( endometriose), história de tabagismo pesado e uso abusivo de produtos contendo galactose os .casos de FOP na família representam 10% dos casos. Além desses diversos fatores,restam as causas idiopáticas,cujos mecanismos desencadeadores não foram até hoje caracterizados,mas seguramente induzem a gênese dos fenômenos de apoptose nos oócitos.

Os sintomas mais comuns são a mudança no padrão menstrual podendo essa alteração se apresentar de inúmeras formas (oligomenorréia ( diminuição da quantidade de fluxo menstrual) , amenorréia ( ausência de menstrução por mais de 45 dias), sangramento uterino anormal ) .As vezes essas alterções podem ocorrer após a parada do uso da pilula ou gravidez.,na maioria das vezes os sintomas vasomotores ocorrem após os sintomas mensturais em especial quando há acentuada diminuição da redução da reserva ovariana.Pode ser observado vagina atrófica ( seca) e dispareunia ( dor durante a relação sexual) tronam-se presentes com a evolução da falência ovariana precoce. Mulheres jovens com irregularidade de menstrual por mais de três ciclos
mentruais sem uso de anticoncepção e história sugestiva devem ser avaliadas. Em 90 % dos casos a FOP ocorre espontãneamente.

Apesar de pouco freqüente , o diagnóstico para o casal , em especial para as mulheres, causa forte impacto psicossocial devido se apresentarem entre 30 e 40 anos e estarem dispostas a constituir uma família.O importante é que o diagnóstico não é definitivo e existe 5% a 10 % dos casos que chegam a conceber. O tratamento da infertilidade se dá através da reprodução assistida , concgelamento de o´citos para quem precisa realizar radioterapia, .....O tratamento deve ser realizado a Terapia Hormonal devido risco de osteoporose e doenças cardiovasculares. O importante é ficar atenta para as alterações mais comuns mentruais e dessa forma diagnosticar precocemente para haver uma melhor perspectiva de fertilidade.

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